FLORES: Solitárias, perfeitas (masculinas e femininas); 4 sépalas (8-12 mm de comprimento); 4, raramente 5, pétalas amarelas arredondadas (1-3 cm de comprimento e largura). Local: Tampa, FL, EUA, 28°02’10.1″N 82°34’35.9″W.
A cruz-de-malta, Ludwigia peruviana (L.) H. Hara, família Onagraceae, é uma espécie de planta com flores aquáticas, às vezes decídua, da família das prímulas. Pode crescer até aproximadamente 3,7 m de altura. Embora seja nativa do Peru, foi introduzida em muitos outros países por suas atraentes flores amarelas simples, mas agora é uma ERVA DANINHA / PLANTA INVASORA comum em áreas pantanosas ao redor do mundo (1, 2).
A planta ocorre no Brasil, particularmente na região Sul (1, 2). No Rio Grande do Sul, as espécies L. caparosa, L. elegans, L. hassleriana, L. multinervia, L. peruviana e L. sericea são citadas (Bertuzzi et al. 2011).
Produtora prolífica de sementes, as plantas florescem em dois anos e, com o tempo, produzem e liberam MILHÕES de sementes. Pesquisas realizadas na Austrália, onde também é uma invasora significativo de zonas úmidas, demonstraram uma faixa de viabilidade de sementes muito alta, de 80 a 99%, que diminuiu bastante em 2 anos. As sementes são hidrofóbicas e germinarão enquanto flutuam, em alguns casos permitindo a formação de ilhas flutuantes (1).
IMPACTOS
Rápida colonizadora, pode estabelecer infestações densas, expulsando a vegetação nativa e reduzindo a diversidade da vida selvagem. Ilhas flutuantes de plantas reduzem o fluxo de água e a navegabilidade. Na Austrália, o aumento do material orgânico das infestações por L. peruviana levou a mudanças na química da água dos lagos e a danos ecológicos abrangentes, incluindo a proliferação recorrente de algas azuis-esverdeadas tóxicas (1).
PRAGAS QUE ATACAM ESTA ESPÉCIE
A única praga relatada nesta espécie é Helopeltis theivora (tea mosquito bug) (Hemiptera: Heteroptera) (3, 4, 5).
FOLHAS: Estreitas e elípticas (lanceoladas a ovado-lanceoladas), folhas alternadas, raramente opostas, com 5-15 cm de comprimento e 1-3 cm de largura; ambas as superfícies são pubescentes. Local: Tampa, FL, EUA, 28°02’10.1″N 82°34’35.9″W.
- Bertuzzi, T.; Grigoletto, D.; Scotti do Canto-Dorow, T.; Eisinger, S. M. O gênero Ludwigia L. (Onagraceae) no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência e Natura, UFSM, 33 (1): 43 – 73, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/cienciaenatura/article/download/9479/5629/41928. Acesso em: 16 mai 2024.
- BioDiversity4All. Cruz-de-Malta (Ludwigia peruviana). Disponível em: https://www.biodiversity4all.org/taxa/50338-Ludwigia-peruviana. Acesso em: 16 mai 2024.
- University of Florida / IFAS / Center for Aquatic & Invasive Plants. 2024. Ludwigia peruviana (Peruvian primrose-willow). Disponível em: https://plants.ifas.ufl.edu/plant-directory/ludwigia-peruviana/. Acesso em: 16 mai 2024.
- Zeferino, L.C.; Echternacht, L.LudwigiainFlora e Funga do Brasil.Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at:<https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB4067>. Acesso em: 16 mai 2024